STF afasta secretário de Educação de BH com R$ 120 mil apreendidos; nomeação foi articulada pelo União Brasil

Bruno Barral

O secretário municipal de Educação de Belo Horizonte, Bruno Barral, foi afastado do cargo nesta quinta-feira (data) por decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do STF, após a Polícia Federal apreender R$ 120,8 mil em espécie (incluindo euros, dólares e reais) em sua residência durante a Operação Overclean.

Barral havia sido indicado ao cargo em abril de 2023 pelo União Brasil, partido do atual prefeito Álvaro Damião, que assumiu oficialmente o governo municipal nesta quinta-feira após a morte do então prefeito Fuad Noman (PSD). A nomeação foi resultado de uma aliança política entre o PSD e o União Brasil durante a gestão anterior.

Relação com o “Rei do Lixo” e operação da PF

As investigações da PF apontam que Barral mantinha vínculos próximos com o empresário Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, um dos principais alvos da Overclean. Moura, que já havia sido preso em fases anteriores da operação, também foi alvo de buscas nesta quinta.

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Dinheiro apreendido pela policia federal

Crise política no dia da posse do novo prefeito

O afastamento do secretário ocorreu em um momento delicado: horas antes da posse de Álvaro Damião, agitando o cenário político da capital mineira. A Prefeitura de BH afirmou, em nota, que “foi notificada sobre a decisão do STF e irá cumpri-la”, sem fazer mais comentários.

O caso expõe as tensões na transição de governo e levanta dúvidas sobre as conexões entre a gestão municipal, o secretário afastado e o esquema investigado pela PF. A situação deve reverberar nos próximos dias, à medida que novos detalhes da operação forem divulgados.

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