
Ophir Loyola realiza 1ª radiocirurgia cerebral pelo SUS no Pará

Procedimento pioneiro, sem cortes, renova esperança de pacientes com tumores cerebrais e marca avanço no tratamento oncológico no estado
O Hospital Ophir Loyola (HOL), referência em oncologia no Norte do Brasil, acaba de realizar a primeira radiocirurgia estereotáxica pelo SUS no Pará. O procedimento, minimamente invasivo e sem necessidade de cortes, foi realizado no Centro de Radioterapia do HOL e representa um marco na medicina paraense, oferecendo uma alternativa precisa e segura para pacientes com tumores cerebrais.
Paciente pioneiro: esperança renovada após quatro cirurgias
O primeiro beneficiado foi o vigia Edvaldo dos Prazeres, 49 anos, morador de Moju, no interior do Pará. Ele já havia passado por quatro cirurgias para tratar um meningioma atípico – um tumor cerebral benigno, mas de difícil controle. A radiocirurgia estereotáxica trouxe uma nova chance de tratamento, com menos riscos e recuperação mais rápida.
“Entrego tudo nas mãos de Deus e, depois, nas mãos dos médicos. Vai dar tudo certo, tenho fé nisso”, disse Edvaldo, confiante. “Recebi todas as orientações e sei como o procedimento foi realizado. Mesmo sendo o primeiro, me sinto seguro.”
Após o tratamento, ele recebeu alta no mesmo dia, demonstrando a eficiência e o baixo impacto do método.
O que é radiocirurgia estereotáxica?
A radiocirurgia estereotáxica é um procedimento não invasivo que utiliza radiação de alta precisão para tratar tumores cerebrais e outras lesões, sem a necessidade de abertura do crânio (craniotomia). Entre suas vantagens estão:
✔ Alta precisão milimétrica – atinge apenas o tumor, preservando tecidos saudáveis
✔ Sem cortes ou internação prolongada – o paciente recebe alta no mesmo dia
✔ Mínimos efeitos colaterais – recuperação rápida e menos riscos de complicações
✔ Pode ser feito em 1 a 5 sessões, dependendo do caso
O tratamento é realizado com um dos aceleradores lineares Halcyon™️ – Varian, considerados os mais modernos do mundo em radioterapia de precisão.

Tecnologia de ponta e segurança rigorosa
O radio-oncologista Dionísio Bentes explicou que o procedimento exige planejamento detalhado:
“Utilizamos imagens de ressonância magnética e tomografia para mapear o tumor com exatidão. A radiação é aplicada em alta dose, mas com margem de segurança para proteger áreas nobres do cérebro, como as responsáveis por funções motoras e cognitivas.”
O físico-médico Eduardo Faria reforçou os protocolos de segurança:
“Realizamos múltiplas verificações para garantir que a dose prescrita seja exatamente a aplicada. O equipamento possui sistemas internos de controle, além de detectores externos, para assegurar máxima precisão.”
HOL se consolida como referência em oncologia no Norte
Desde que recebeu a licença da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) em março deste ano, o Centro de Radioterapia do HOL já atendeu quase 200 pacientes. O diretor-geral do hospital, Heraldo Pedreira, destacou:
“Este é um marco para todos nós. Cada avanço reflete nosso compromisso com inovação, segurança e humanização. É um orgulho ver o HOL se consolidando como referência, transformando vidas com tecnologia e precisão.”
Números impressionantes em pouco tempo
✔ 200 pacientes já concluíram radioterapia externa
✔ 220 novos casos em tratamento
✔ 160 procedimentos de braquiterapia por mês (cerca de 50 pacientes)
✔ Expectativa de crescimento: 240 pacientes/mês em teleterapia + braquiterapia
O médico radioterapeuta Cláudio Reis ressaltou que o avanço não é apenas quantitativo, mas também em complexidade:
“Utilizamos técnicas avançadas como IMRT, IGRT, RapidArc e VMAT, que exigem alto nível técnico. Estamos entre os maiores serviços do Brasil, ao lado de referências como Inca, A.C. Camargo e Hospital de Barretos.”
Um novo capítulo na oncologia paraense
A primeira radiocirurgia estereotáxica pelo SUS no Pará marca um avanço histórico no tratamento do câncer no estado. Com tecnologia de ponta, equipe especializada e atendimento humanizado, o Hospital Ophir Loyola reafirma seu papel como referência na Amazônia, oferecendo esperança e qualidade de vida a pacientes como Edvaldo.
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