Dupla mexicana da dança no gelo se inspira na brasileira Isadora

Harlow Stanley e Seiji Urano

Dupla mexicana mira vaga olímpica inspirada em ídolos latinos

Há um ano unidos no gelo, Harlow Stanley e Seiji Urano embarcam para o Quatro Continentes 2025 em Seul (19-23/fev) como representantes do México na dança artística. A dupla carrega um sonho ambicioso: seguir os passos da brasileira Isadora Williams e do compatriota Donovan Carrillo rumo aos Jogos de Milão-Cortina 2026.

A dupla treina nos EUA, mas mantém forte conexão com suas raízes: “Cada performance é para nosso país”, emocionam-se.

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Isadora Williams

A Conexão Brasileira que Inspira uma Geração no Gelo

Nos corredores da pista de patinação onde começou sua jornada, Harlow Stanley guarda uma lembrança marcante: treinar ao lado da brasileira Isadora Williams, pioneira que levou a patinação artística latino-americana a novos patamares.

“Ela era essa presença magnética no gelo”, recorda Stanley em entrevista exclusiva. “Ver Isadora – uma mulher que falava espanhol como eu, com raízes similares – competindo nas Olimpíadas de Sochi e PyeongChang… isso redefiniu completamente o que eu acreditava ser possível”.

Williams fez história em 2018 ao se tornar a primeira latino-americana a avançar para a fase final do torneio olímpico. Seu legado agora ecoa na nova geração de patinadores da região.

“Treinávamos na mesma pista em Dallas”, revela Stanley. “Ela não era apenas uma atleta excepcional, mas uma mentora natural. Sua capacidade de navegar entre culturas – falando português, espanhol e inglês com fluidez – me mostrou que nossa identidade latina é nossa força, não uma limitação”.

A influência de Williams transcende as fronteiras do esporte. “Quando criança, assisti Isadora transformar cada treino em poesia no gelo. Aquela determinação silenciosa, a elegância sob pressão… hoje entendo que ela estava escrevendo um novo capítulo para todos nós”, emociona-se a patinadora mexicana.

Esta história de inspiração cruzada entre Brasil e México será um dos destaques da cobertura do Quatro Continentes, onde Stanley e Urano buscarão honrar esse legado com suas próprias conquistas.

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Seiji Urano: Entre Lendas do Passado e o Ídolo do Presente

Enquanto Harlow Stanley encontrava inspiração na trajetória brasileira, Seiji Urano construía sua paixão pelo gelo através de duas referências distintas:

  1. As lendas históricas: “Minhas primeiras memórias olímpicas se dividem entre os vídeos clássicos de Brian Boitano [campeão em 1988] e assistir ao vivo às performances de Charlie White e Meryl Davis [ouro em 2014]”, revela Urano. “A precisão técnica de Boitano e a química artística de White/Davis moldaram meu entendimento do esporte”.
  2. O ídolo contemporâneo: “Mas hoje, Donovan Carrillo é nossa bússola”, afirma o patinador sobre o pioneiro mexicano que emocionou o mundo em Pequim 2022. “Conhecê-lo pessoalmente transformou minha perspectiva – ele carrega nas costas o peso de representar um país sem tradição no gelo, mas sempre com um sorriso e energia contagiante”.

Urano destaca o encontro marcante com Carrillo durante o NRW Trophy na Alemanha: “Ele chegou usando orgulhosamente o uniforme mexicano, cumprimentando a todos em espanhol. Naquele momento entendi que estávamos escrevendo juntos um novo capítulo para nosso esporte”.

A dupla encontrou em Carrillo não apenas um ídolo, mas um aliado: “Ele nos mostrou que é possível manter a autenticidade cultural enquanto competimos no mais alto nível”, explica Urano. “Donovan dança com mariachi nos programas, nós incorporamos elementos folclóricos mexicanos – essa é nossa maneira de honrar nossas raízes”.

A Jornada Improvável da Dupla Mexicana

“Donovan não é só nosso ídolo, é nosso companheiro de jornada”, revela Harlow Stanley com voz embargada. “Ver ele desfilando com nosso uniforme nacional nas Olimpíadas foi o momento em que percebi: ‘nós também podemos’.” A conexão entre os patinadores mexicanos vai além das pistas – é uma irmandade forjada na quebra de barreiras.

Origens Improváveis:
Stanley começou sua trajetória de forma tão incomum quanto Carrillo: “Minhas primas me apresentaram o esporte na única pista da Cidade do México. Competia sozinha até receber a proposta que mudou tudo”. O convite para formar dupla veio quando já considerava desistir por falta de perspectivas.

O Encontro que Mudou Tudo:
Seiji Urano entra na história como peça fundamental. “Quando me ofereceram a chance de patinar pelo México com Seiji, foi como ver uma porta se abrir”, recorda Stanley. “De repente, tudo fazia sentido – minha jornada solitária tinha um propósito maior”.

O Estilo Mexicano no Gelo:
A dupla carrega nas apresentações elementos que homenageiam suas raízes:

  • Coreografias com influência da música tradicional mexicana
  • Trajes que incorporam padrões têxteis indígenas
  • Movimentos inspirados em danças folclóricas

“Representamos um México vibrante e contemporâneo”, explica Stanley. “Cada competição é uma chance de mostrar que nosso país tem lugar neste esporte”.

O Legado que Constroem:
Assim como Carrillo inspirou Stanley, a dupla agora inspira novas gerações. “Recebemos mensagens de crianças dizendo que querem patinar por nossa causa”, emociona-se Urano. “Isso nos dá força para continuar”.

Uma Parceria Nascida por Mensagem, com Sabor de Destino

O encontro que formou a dupla mexicana aconteceu de forma tão inusitada quanto seu sonho olímpico. Seiji Urano revela: “Estava patinando sozinho em Virginia quando um colega me passou o contato da Harlow. Mandei aquela mensagem simples – ‘vamos tentar?’ – sem imaginar que estávamos iniciando uma jornada histórica”.

Química Imediata no Gelo:

  • 48 horas após o primeiro treino juntos, já criavam sua rotina inaugural
  • A combinação perfeita entre a técnica apurada de Urano e a expressividade de Stanley
  • “Rimos até durante os exercícios mais difíceis”, confessa Seiji

Metas em Etapas:

  1. Quatro Continentes 2025: Laboratório para ajustes técnicos
  2. Mundial em Boston: Passaporte para o circuito élite
  3. Milão-Cortina 2026: O sonho que move cada treino diário

“Sabemos que o caminho é íngreme”, admite Stanley. “Mas quando patinamos, levamos nas costas as esperanças de todas as crianças mexicanas que sonham com o gelo”. Urano complementa: “Cada competição é uma chance de provar que países sem tradição também têm lugar neste esporte”.

O Peso e a Honra da Representação:
A dupla carrega consigo a bandeira do México não apenas nos uniformes, mas em cada decisão artística:

  • Programas com elementos da cultura mexicana contemporânea
  • Músicas que misturam tradição e modernidade
  • Coreografias que contam a história de sua jornada improvável

“Quando entramos no gelo”, finaliza Stanley, “sabemos que patinamos por algo maior que nós. É essa consciência que nos dá asas”.

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