
Boulos e Lindbergh lideram ato contra anistia em SP

Manifestação contra anistia a golpistas toma a Paulista com Boulos, Lindbergh e movimentos sociais
Neste domingo (30/03), a esquerda brasileira ocupou as ruas de São Paulo em um protesto contra o Projeto de Lei que propõe anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. O ato, organizado por entidades como a CUT, Apeoesp, CMP, Brasil Popular e Povo Sem Medo, reuniu cerca de 6,5 mil pessoas, segundo levantamento do Monitor do Debate Político (Cebrap) e da ONG More in Common – números contestados pela Polícia Civil, que estimou 5 mil presentes.
O protesto: da Paulista ao DOI-Codi
A concentração começou na Praça Oswaldo Cruz na Avenida Paulista, e seguiu em marcha até o 36º DP, prédio que já abrigou o DOI-Codi, um dos principais centros de repressão da ditadura militar. A escolha do local não foi aleatória: simbolizou um contraponto à impunidade, associando os atos de 08 de janeiro de 2023 à violência do regime militar.
No palanque montado em um carro de som, Guilherme Boulos (PSOL) e Lindbergh Farias (PT) foram os destaques. Boulos, em tom de provocação, afirmou que “aqui tem mais gente do que no protesto bolsonarista do Rio” e puxou os gritos de “Sem anistia!”, ecoados pela multidão.
Comparação com o ato bolsonarista: disputa de narrativas

Enquanto os organizadores em SP celebraram a mobilização, a comparação com o protesto pró-Bolsonaro em Copacabana (16/03) gerou controvérsia:
- Dados independentes (Cebrap/More in Common) apontam 18,3 mil no Rio (contra 6,5 mil em SP).
- A PM do RJ afirmou que 400 mil estiveram no evento bolsonarista, enquanto o Datafolha registrou 30 mil.
A diferença nos números reflete a disputa política em torno das manifestações, com cada lado buscando amplificar seu alcance.
Quem mais esteve presente?
Além de Boulos e Lindbergh, marcaram presença:
- Juliana Cardoso (PT-SP), deputada federal;
- Paula Coradi, presidente nacional do PSOL;
- Amanda Paschoal (PSOL-SP), vereadora de São Paulo.
Representantes de partidos como PT, PSOL, PCdoB e UP, além de sindicatos e movimentos populares, reforçaram o caráter plural da mobilização.
O recado político: “Anistia nunca mais”
O protesto deixou claro o rechaço da esquerda a qualquer flexibilização para os responsáveis pelos ataques às instituições em 8 de janeiro. A menção ao DOI-Codi e aos anos de chumbo serviu como alertar sobre os riscos de revisionismo histórico e impunidade.
E você, o que acha?
- A anistia aos envolvidos nos atos de 8/1 é um risco à democracia ou um gesto de pacificação?
- Como interpretar a diferença nas estimativas de público entre os protestos?
Comente abaixo! #Política #8deJaneiro #Democracia
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